A Hidrocefalia é uma doença caracterizada pelo acúmulo anormal de líquido cefalorraquidiano (LCR) na cavidade craniana. Quase sempre é diagnosticada no período neonatal.
Mas hoje venho falar um pouco da HIDROCEFALIA ADQUIRIDA. A hidrocefalia é acompanhada, em geral de pressão intracraniana (HIC), tem efeito de destruição no cérebro.
A hidrocefalia adquirida após os 2 anos de idade já não cursa com a macrocefalia. Nesses casos surgem os casos clínicos de pressão intracraniana, como: cefaléia matinal (dor de cabeça pela manhã), náuseas, vômitos, irritabilidade, rigidez na nuca, letargia (sonolência mórbida, apatia), distúrbios da marcha, papiledema (inchaço do disco óptico, dificuldades visuais), diplopia (Visão dupla), mudanças na cognição e incontinência urinária.
O tratamento da hidrocefalia depende de sua causa. Ocasionalmente, são usados medicamentos para reduzir a velocidade de produção do líquido cérebro-espinhal por um tempo. Porém, isto não tem êxito no tratamento em longo prazo. A maioria dos casos requer drenagem do líquido em excesso.
Um tubo chamado “derivação” é inserido em uma das cavidades do cérebro. A derivação é inserida debaixo da pele da cabeça fazendo o percurso do cérebro até o abdome, levando o fluido cérebro-espinhal onde possa ser absorvido – Derivação Ventrículo- Peritoneal.
A derivação pode precisar ser substituída periodicamente quando a criança cresce ou se o paciente desenvolve uma infecção ou ainda se a derivação ficar obstruída.
Com o tratamento, a hidrocefalia deixa de ser uma doença letal. O tratamento terapêutico ocupacional é realizado apartir da avaliação na reabilitação cognitiva que deve incluir tanto medidas neuropsicológicas quanto comportamentais para identificar vantagens e debilidades cognitivas e definir as dificuldades de vida diária decorrentes dos distúrbios da memória. Significa desenvolver as áreas básicas da função mental: atenção, linguagem, memória, capacidade viso – espacial e associações de idéias.
As dinâmicas da estimulação cognitiva têm características lúdicas, objetivando estimular as funções cognitivas, fornecer suporte psicológico, dar informações e socializar o paciente. Praticidade na aplicação da dinâmica é importante: a estimulação deve favorecer os atos da vida cotidiana. É preciso estimular o paciente a estar atento ao que vê.
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Jaqueline Mourão, Terapeuta Ocupacional, graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizo atendimentos em crianças com sequelas neurológicas, síndrome de Down, autismo e atraso no desenvolvimento motor, cognitivo, sensorial e dificuldade de aprendizagem que dificulta o desempenho ocupacional na realização das atividades de vida diária. Durante os atendimentos sou adepta a prática da integração sensorial como técnica de estimulação e desenvolvimento do sistema vestibular, proprioceptivo e sensorial como forma de reduzir as sequelas e os estímulos exacerbados do meio. Faço parte do Movimento Pró vida, em defesa dos nascituros, da intra e pós uterina, desde a concepção até o nascimento e desenvolvimento do recêm – nascido. Estou em constante defesa diante de apresentações e exposições orais da inclusão escolar e como a terapia ocupacional pode e deve colaborar e intervir durante o processo de inclusão escolar.